Dia Nacional do Semideus



Agora pra galerinha do Rio, Dia Nacional do Semideus
sujeito a mudança de dia por votação 
Talvez (dependendo do dia q for escolhido) eu e os outros adms estaremos lá
Fiquem por dentro de tudo lá no evento

Recomendações: O Trono de Vidro



Recomendações: O Trono de Vidro







"Nas sombrias e sujas minas de sal de Endovier, um jovem de 18 anos está cumprindo sua sentença. Celaena é uma assassina, e a melhor de Adarlan. Aprisionada e fraca, ela está quase perdendo as esperanças quando recebe uma proposta. Terá de volta sua liberdade se representar o príncipe de Adarlan em uma competição, lutando contra os mais habilidosos assassinos e larápios do reino. Endovier é uma sentença de morte, e cada duelo em Adarlan será para viver ou morrer. Mas se o preço é ser livre, ela está disposta a tudo."
 Por que eu recomendo?


 Porque esse livro não fala somente de uma assassina que gosta de matar, mas que também sabe ser uma dama, que luta pelos seus direitos mesmo tendo que trabalhar para um dos homens mais podres de todos (O rei) e ainda procurando um jeito de descobrir o que aconteceu com seu povo e com a magia que existia naquele mundo, passando por vários problemas e especies de teste, conseguindo ainda arranjar um tempo para o amor!

Fanfic depois de o sangue do olimpo - Nico


Depois de o sangue do olimpo - Nico



 Já havia se passado 3 dias desde que eu tinha falado para o Percy que gostava, passado, dele! Bom não mudou nada... Eu acho.. Aliás ele continua lerdo como sempre! Nesses 3 dias eu fiquei na enfermaria junto com o Will Solasce, na maior parte do tempo em repouso, mas também tinha que me movimentar,então as vezes eu dava uma ajudinha para ele,e quer saber,nunca achei que ajudar as pessoas poderia ser tão legal! 

-Nico venha se sentar aqui!- Chamou Jason. 

 Já estava na hora da janta e depois dessa viajem sempre sentava eu, Jason, Piper, Percy, Annabeth e Will, nesses 3 dias nós ficamos bem próximos. O Jantar foi o de sempre Piper e Jason trocando palavras românticas e Percy e Annabeth falando sobre a faculdade, nunca os vi tão empolgados, enquanto isso eu e Will segurando,ambos, dois belos candelabros. 
Após o jantar eu e ele fomos andando até os chalés. 

-Bom Nico, eu vou andando na frente, o pessoal esta me esperando! 

 Os meus dias de repouso na enfermaria haviam terminado e agora estava liberado para dormir no chalé de Hades, admito que ia sentir falta da enfermaria, pelo menos lá nenhum dos meus antigos pesadelos me atormentou, e agora eu estaria sozinho de novo, na verdade como sempre. 

-Okay! Boa noite Will! 

-Nada de escuridão ainda em!- ele sorriu e bagunçou meu cabelo.

 Esse ato me lembrou um pouco da Bianca e meio que por impulso respondi: 

-Não bagunce meu cabelo!- e estendi a mão para bagunçar o dele, mas ele saiu correndo- Não vale! Desde quando um médico induz o paciente que acabou de receber alta a correr? 

-Não seja por isso!- Disse olhando para trás e passando a correr em câmera lenta- V-O-C-Ê N-Ã-O V-A-I M-E P-E-G-A-R!- Dei um meio sorriso ao ver aquela cena, suas caras e bocas eram ilarias! 

Ele parou naquele momento e ficou me encarando. 

-O-o que foi?- Disse envergonhado enquanto desviava o olhar. 

-Finalmente você sorriu! 

Já tinha visto Solasce sorrir varias vezes, mas aquele sorriso não foi um qualquer e sim um sorriso de alívio, minhas bochechas já poderiam ser facilmente confundidas com tomates aquela altura do campeonato, então ele se virou para abrir a porta do chalé de Apolo

- Boa noite Di Angelo!- E entrou. 

Eu realmente estava gostando dele e com esse pensamento fui pro meu chalé! 

...

Aquela foi a pior noite da minha vida, pois, sonhei com aquele garoto o qual agora era um fantasma e em meu sonho ele dizia: 

-Um dia você será igual a mim Nico Di Angelo, um fantasma sem rumo, sem um recomeço e esquecido por todos que te amam!

 Após essas palavras eu comecei a desaparecer aos poucos e as pessoas passavam por mim como se eu realmente não existisse... Piper, Jason, Annabeth, Leo, Frank,Percy, Reyna e até mesmo Hazel passou por mim, foi ai que apareceu Will o ultimo de todos ele parou de frente para mim, como se pudesse me ver, levantei minha mão para tocar seu rosto e meus dedos passaram pela sua bochecha, então ele balançou a cabeça e me atravessou, assim como uma miragem. 
 Acordei aos berros, e quando olhei para minhas mãos elas estavam se fundindo com a escuridão! Aporta se abriu e eu pude ver os olhos azuis da cor do céu me encarando desesperados. 

-Nico!O que foi? Eu estava passando pela porta e ouvi você gritando!- Ele olhou para minhas mãos- NICO! Se acalme! 

 E veio em minha direção, eu ainda estava em choque quando ele sentou na beirada da minha cama e me abraçou,eu retribui o seu abraço em desespero... Graças aos céus, eu podia toca-lo, podia sentir seu calor, ele podia me ver, eu não havia desaparecido. Sem nem perceber lagrimas de alívio começaram a correr pelo meu rosto e meus dedos voltaram ao normal, ficamos mais um tempo abraçados e depois ele se afastou para me olhar, o que não foi legal, afinal eu estava chorando. 

-É a primeira vez que eu vejo um filho de Hades chorar!- disse enquanto passava a mão no meu rosto secando algumas lágrimas. 

-É primeira vez que choro na frente de alguém!- minha voz ainda estava meio embargada por causa do choro- Mas então por que você esta perambulando por ai tarde da noite?- Perguntei tentando mudar de assunto. 

-Sem sono!- respondeu ele 

-Huuuuuuum!- disse enquanto abraçava meus joelhos. 

 Ficamos em silencio por um bom tempo, ele parecia estar sem saber o que fazer, pois não parava de mexer os dedos, mas ao mesmo tempo tinha uma expressão preocupada no rosto, até que era fofo, mas odeio preocupar as pessoas então falei: 

-Durante essa ultima missão eu me estressei com um garoto e acabei perdendo o controle transformando-o em um fantasma... 

-Okay!-Disse tirando um papel do bolso e fingindo estar com uma caneta na mão- Anotado na lista: Nunca irritar o Di Angelo de forma alguma!- E virou-se pa mim com um sorriso bobo nos lábios... 

 Me segurei para não rir e fuzilei ele com o olhar tipo "Mais uma e você morre". 

-Continuando... Desde então não havia parado para pensar sobre o que eu fiz - Suspirei- Mas, agora, sozinho aqui no chalé, isso acabou invadindo meu sonho e acabei...- me encolhi um pouco antes de terminar- Acabei ficando aterrorizado, eu não tinha o direito de transforma-lo! 

-Nico... - ele estendeu a mão e eu me esquivei, ele puxou a mão de volta- Não fica assim!- disse sussurrando enquanto abaixava a cabeça. 

-Como eu não posso ficar assim Will!?- as lagrimas voltaram a descer pelo meu rosto contra a minha vontade- O que eu fiz foi pior do que matar uma pessoa- Ele levantou a cabeça para me encarar- eu tirei o livre arbítrio dele... ele nunca vai pros campos ou qualquer outro lugar... pelo resto dos milênios,ele vai ficar vagando sem memória, sem ninguém se quer lembrar que ele existiu!- enterrei minha cabeça entre meus joelhos novamente - Esquecer e ser esquecido é o meu pior pesadelo!- disse essas palavras tão baixo que elas foram praticamente inaldíveis aos meus ouvidos... mas de alguma forma ele me escutou! 

- Eu nunca vou te esquecer Di Angelo!- ele disse como um sussurro assim como eu... 

 Levantei a cabeça espantado e fui surpreendido com um belo de um travesseiro na minha cara, seguido por uma mega gargalhada. 

- Você deveria ter visto sua cara de espanto! Oh!- Disse me imitando. 

 Dei um sorrido de lado no estilo sinistro e retribui o favor, ele parou de rir,pegou o travesseiro do chão e disse

- Guerra declarada! 

 Então começamos a tacar travesseiros um no outro enquanto corríamos pelo quarto, de vez em quando ter um chalé inteiro só pra você é uma ótima vantagem. 

-Você não escapará Di Angelo!- ele estava logo atras de mim.

 Assim que parou para arremessar o travesseiro eu virei para defender, mas o travesseiro me acertou antes que eu pudesse erguer minha barreira, perdi o equilíbrio e comecei a cair, Will tentou me segurar mas não deu muito certo e acabamos caindo. 
 Solace caiu por cima de mim, nos encaramos por alguns segundos ainda processando a informação do tombo e começamos a rir, ele foi se levantando e me ajudou a levantar. 

-Acho que não me divirto assim desde a época da Bianca!- Disse ainda rindo.

 Will havia parado de rir e estava me encarando, quando voltei o olhar para ele, eu não consegui desviar daqueles intensos olhos azuis, que estavam tão próximos dos meus agora. 

- Nico, o que eu disse para você mais cedo é verdade não importa o que aconteça, eu nunca vou te esquecer!- Eu já havia virado meu rosto de lado, pois estava com o mesmo queimando. 
 Eu não sabia o que dizer ninguém nunca havia falado aquilo para mim

 - Eu sei que desde a época da sua irmã, você se sente sozinho,enfrentando suas próprias guerras, eu nuca teria conseguido passar pela metade das coisas que você passou, eu realmente te admiro Di Angelo- Ele passou suas mãos levemente pelo meu rosto segurando-o e o virando-o em sua direção e olhou no fundo dos meus olhos - Por isso que aqui e agora eu juro pelo Estige que quando você estiver chorando eu sempre irei secar suas lagrimas, que irei ser o motivo de suas gargalhadas, que estarei ao seu lado em todas as batalhas, te ajudarei a carregar o peso de seu passado, enfrentar os seus medos e por fim Di Angelo jamais te esquecerei, pois para mim você é a mais importante das pessoas e o mais forte dos heróis! 

  Eu me movimentei tão rápido que nem mesmo tomei consciência do que eu estava fazendo, quando fui me tocar eu já havia dado um selinho nele e recuado meio que espantado com o que havia feito, Will estava literalmente congelado. 

-Pelos Deuses Will desculpa eu... - então fui surpreendido novamente. 

 Solasce passou uma de suas mãos pela minha cintura e me puxou em sua direção, interrompendo minha frase e me calando com seus lábios, de início somente encostando-o levemente,depois se movimentando junto aos meus até sua linguá adentrar minha boca deixando o beijo cada vez mais profundo, a mão circundando minha cintura me puxava ainda mais para perto, enquanto a outra bagunçava meus cabelos, em resposta passei meus braços pelo seu pescoço me entregando ao desconhecido. 
 Infelizmente nosso folego havia acabado e agora estávamos nos olhando com a respiração entre cortada... Will encostou sua testa na minha! 

-Nico eu... - Começou a dizer mas o interrompi 

-Eu te amo Will!- Fiquei com vergonha depois de dizer essas palavras, mas eu estava feliz estava muito feliz e ele compartilhava dessa felicidade comigo.

 O que fazia eu desejar ainda mais o dono daqueles olhos azuis... E entre esses sorrisos e declarações um estrondo reverberou por todo chalé e assim que abri a porta,com o Will logo atrás,percebi que por todo o acampamento também, na parte onde normalmente praticamos o caça a bandeira havia alguma coisa soltando muita fumaça. 
 Dei um passo para fora do chalé e trombei com o Jason. 

- O que esta acontecendo?- perguntou ele 

-Não sei!- respondi- Só tem alguma coisa soltando muita fumaça no campo! 

 Ele olhou para a fumaça e quando voltou o olhar para mim percebeu Will. 

- O que ele esta fazendo a essa hora no seu chalé Di Angelo!?- perguntou com a sobrancelha erguida de modo desconfiado e com um sorriso brincalhão nos lábios, olhando para will. 

 Tanto eu quanto ele ficamos rubros e então respondi: 

-D-depois eu te conto... agora vamos logo ver o que é isso!- Disse enquanto o empurrava. 

 Nesse momento o pessoal começou a sair dos chalés, exceto os filhos de Hípinos, claro. Nós três corremos em direção ao pilar de fumaça, por incrível que pareça fomos os primeiros a chegar seguidos por Piper, Percy e Annabeth... Mesmo tendo sido um dos primeiros eu ainda não acreditava no que estava vendo, bem a minha frente estava: 

-Festos!- disse Jason, que estava tão surpreso quanto eu. 

-Pelos deuses não creio!- Falou Piper quase comemorando 

-Será que aquele Idiota...- Começou Annabeth mas não foi necessário terminar, uma sombra se moveu e der repente um grito ecoou pelo campo: 

- ESTOU DE VOLTA... SENTIRAM MINHA FALTA? - Eu conhecia aquela voz, aquele sorriso torto e maluco, Leo estava de volta e estava vivo!

A Historia de Níobe

A Historia de Níobe







  Níobe, a rainha de Tebas. Ela, de fato, tinha muito do que se orgulhar, mas não por causa da fama de seu marido, nem por causa da própria beleza, nem pela sua nobre descendência, nem por causa do poderio do reino de quem sentia tanto orgulho. Seu maior orgulho eram seus filhos, e na verdade, Níobe teria sido a mais feliz das mães, se ela jamais tivesse declarado isso.
 Isso aconteceu por ocasião da celebração anual em homenagem a Leto e seus filhos, Apolo e Artemis, — quando o povo de Tebas havia se reunido, com suas frontes coroadas de louro, acendendo incensos nos altares, e pagando seus juramentos, — foi que Níobe apareceu diante da multidão. Seus trajes eram esplêndidos, adornados com ouro e gemas, e o seu aspecto era tão lindo quanto o rosto de uma mulher rancorosa pode ser. Ela se levantou e olhava as pessoas com seu olhar arrogante. 
"Que tolice toda esta festa," disse ela, "preferir pessoas que vocês
jamais viram do que aquelas que estão diante de vossos olhos! Porquê Leto deveria ser homenageada com adoração, quando nenhuma homenagem me é prestada? Meu pai se chamava Tântalo, e foi recebido como hóspede na mesa dos deuses, e minha mãe era uma deusa. Meu marido construiu e governa esta cidade, Tebas, e a Frígia são a minha herança paterna. Onde quer que volte meus olhos, encontro os elementos do meu poder, e nem são a minha forma e presença indignos de uma deusa. Além de tudo isso, devo acrescentar que tenho sete filhos e sete filhas, e procuro genros e noras dignos de minha aliança. Não teria eu motivo para me orgulhar? Preferiríeis ao invés de mim, esta Leto, filha de Titã, com seus dois filhos? Eu tenho sete vezes mais. Afortunada sou de fato, e afortunada sempre serei! Será que alguém teria coragem de me negar isto? A minha riqueza é a minha segurança. Sinto-me forte demais para que seja subjugada pela Fortuna. Ela pode tirar muito de mim, e ainda muito irá sobrar. Caso viesse a perder alguns de meus filhos, ainda assim dificilmente seria tão pobre como Leto que tem apenas dois. Fujam desta solenidade, — retirem os louros de suas frontes, — acabem com esta adoração!" 
 O povo obedeceu, e deixaram os serviços sagrados sem serem realizados. A deusa ficou indignada. Do alto do Monte Cíntio onde morava, Leto assim se dirigiu ao seu filho e à sua filha: "Meus filhos, eu, que sempre tive tanto orgulho de vocês dois, e que sempre fui considerada a segunda, depois de ninguém mais do que a deusa Hera, agora começo a duvidar se sou de fato uma deusa. Também serei privada da adoração que me dedicam a menos que vocês me protejam." 
 Iria continuar o discurso, mas Apolo a interrompeu. "Não diga mais nada," disse ele, "suas palavras serviriam apenas para retardar a punição." E Artemis disse o mesmo. E lançaram-se no ar, protegidos pelas nuvens, e pousaram sobre as torres da cidade. Espraiada diante dos portões estava uma planície imensa, onde os jovens da cidade praticavam seus esportes de guerra. Os filhos de Níobe estavam lá junto com os demais, — alguns estavam montados sobre cavalos ricamente ajaezados, outros dirigiam carruagens velozes.
 Ismenos, o primogênito, enquanto guiava seus corcéis ofegantes, Apolo lançou uma flecha do alto, Ismenos soltou as rédeas, caindo sem vida. Outro, ouvindo no ar o som do arco, — assim como o barqueiro que enxerga a tormenta ao longe e levanta velas em direção ao porto, — soltou as rédeas de seus cavalos e tentou fugir. A flecha inevitável foi mais rápida do que ele em sua fuga. Dois outros, garotos mais jovens, que haviam terminado seus exercícios, tinham ido até o pátio de diversões para praticarem um pouco de luta. No meio de uma luta, os dois foram perfurados por uma flecha.
 Juntos deram um grito, e juntos lançaram um olhar de despedida ao redor, e juntos exalaram o último suspiro. Alfenor, o irmão mais velho, ao vê-los caindo, correu até onde estavam para prestar alguma ajuda, e caiu ferido no ato do dever fraterno. Somente restava um, Ilioneu. Este levantou seus braços para o céu para suplicar, caso suas orações tivessem alguma valia: "Poupai-me, ó deuses!" gritava ele, dirigindo-se a todos os deuses, e em sua ignorância esqueceu-se de que nem todos os deuses precisavam de súplicas, e Apolo o teria poupado, porém, a flecha já havia se soltado da corda, e agora era tarde demais.
 O terror das pessoas e o pesar dos participantes logo chegaram aos ouvidos de Níobe que foi informada de todo o acontecido. Ela mal conseguia imaginar que tudo aquilo fosse possível, ela indignou-se que os deuses tivessem ousado e ficou perplexa ao saber que eles tinham sido ousados o bastante para fazer tudo aquilo. O seu marido, Anfião, amargurado por causa do golpe, tirou a própria vida. Pobre Níobe! como tudo isso era diferente daquela que há pouco tempo havia afastado o povo dos ritos sagrados, tendo realizado o curso majestoso pela cidade, invejada pelos seus amigos, e agora sentia piedade até mesmo de seus inimigos! Ela se ajoelhou diante dos corpos sem vida, e foi beijando um a um, seus filhos mortos.
 Levantando seus braços pálidos para o céu, exclamou "Cruel Leto, alimenta todo o teu ódio com a minha angústia! Sacia teu coração duro, enquanto acompanho meus sete filhos para o túmulo. E no entanto, onde está o teu triunfo? Desolada como estou, ainda sou mais rica que tu, que me venceste." Mal tinha pronunciado essas palavras, quando se ouviu o som de um arco espalhando o terror em todos os corações e deixando Níobe sozinha. Ela havia retirado a coragem das entranhas do sofrimento. Suas filhas estavam vestidas com roupas de luto sobre os esquifes de seus irmãos mortos. Uma delas caiu, atravessada por uma flecha, e morreu sobre o corpo que ela chorava.
 Uma outra, ao tentar consolar sua mãe, foi subitamente calado para sempre, caindo sem vida ao chão. Uma terceira tentou fugir voando, uma quarta se escondeu, e uma outra ficou tremendo, incerta das decisões que devia tomar. Seis deles já haviam morrido, e restava apenas uma, a quem a mãe mantinha firme em seus braços, e o cobria com todo o seu corpo. "Poupa-me esta filha, que é a mais jovem! Ó, poupa-me este dos demais!" chorava ela, e enquanto falava, a caçula caiu morta. Ela ficou desolada, entre os filhos, filhas, marido, todos mortos, e parecia entorpecida pela dor.
 A brisa não conseguia soprar os cabelos dela, nem havia cor em seu rosto, seus olhos arregalados estavam fixos e imóveis, não havia nenhum sinal de vida nela. Sua própria língua havia sido colada no céu da boca, e suas veias pararam de transmitir a maré da vida. Seu pescoço não dobrava mais, seus braços não faziam gesto algum, seus pés não tinham movimento. Ela tinha sido transformada numa pedra, por dentro e por fora. Contudo, as lágrimas continuaram a fluir, e ela foi levada por um turbilhão até a montanha onde nasceu, e ali ela permanece, como uma massa de pedra, onde nasce um riacho pequenino, como tributo de sua dor inconsolável.

Cila, O Horror das Profundezas

Cila, O Horror das Profundezas






Muitos já devem conhecer Cila, ou Scylla como outros escrevem, Ela aparece no livro O Mar de Monstros, e aqueles que jogam Smite sabe que ela não é só um rostinho lindo, mas poucos conhecem sua historia, por isso resolvi contar:
Glauco era um humano que as divindades aquáticas resolveram transformar em uma criatura do mar, com uma barba verde-acinzentada, largos ombros, braços azulados, pernas curvadas com nadadeiras na extremidade. Ele se apaixonou pela ninfa Cila, filha de Fórcis e Hecate, que apavorada com sua aparição, põe-se a fugir, pelas águas, pelas rochas, pelas cavernas submarinas. Mas o amor do pobre Glauco era imenso e, desesperado, e ele se lança em perseguição da bela ninfa, implorando, aos prantos, que lhe conceda um pouco de atenção. 
 Impassível às suas súplicas, Cila continua sua fuga, escondendo-se num lugar tão inacessível que jamais Glauco conseguiria encontrá-la. Depois de inúteis buscas, Glauco é obrigado a reconhecer sua derrota. Apenas algum poder superior lhe facultaria conquistar o afeto da formosa ninfa. Abatido, torturado, Glauco dirige-se à ilha de Eeia, onde morava Circe, a feiticeira, e roga-lhe que o ajude a conquistar sua amada. Circe promete atendê-lo, mas acaba se apaixonando pelo deus marinho. Como Glauco a rejeita, agora é Circe quem põe-se a percorrer os mares, sem descanso atrás de seu amado. 
 Como encantos de mulher revelam-se insuficientes, ela recorre a seus poderes de feiticeira, e decide transformar Cila em uma criatura tão horrenda e repulsiva que todo o amor de Glauco haveria de transformar-se em aversão. Sem ser vista, Circe derrama veneno nas águas de uma fonte onde a ninfa costumava banhar-se e retorna para a ilha de Eeia onde aguarda pelos resultados. 
 Quando Cila mergulha na água enfeitiçada seu belo corpo começa lentamente a transformar-se. Monstros horrendos surgem à sua volta, com ensurdecedor alarido. Aterrorizada, a ninfa procura afastá-los e fugir. Então descobre que os monstros são parte de si mesma, nascem de seu corpo. Desesperada corre ao encontro de Glauco e em seus braços chora longamente. Ele também lamenta a beleza perdida, mas recusa-se a permanecer com a antiga ninfa, pois o grande amor não existe mais.
Cila retira-se para longe e vai viver no estreito de Messina, entre a Sicília e a Itália, aterrorizando os mortais que antes a cortejavam, deslumbrados com sua extraordinária beleza. Na ilha de Eeia, Circe inutilmente espera o retorno de Glauco. Revoltado com sua traição e crueldade, Glauco jamais quis visitá-la, passando toda a existência cultivando a lembrança de uma ninfa bela e doce, que um dia se perdeu nos feitiços do ciúme.
 O aterrorizante monstro marinho em que Cila se transformou tinha o torso de uma bela mulher mas, em volta da cintura, possuía seis cabeças de serpente com três fileiras de dentes e um círculo de doze cães ladradores. Os cães a alertavam quando um navio estava passando, de forma que ela pudesse capturar os navegantes.

Ícaro

Ícaro 







 Ícaro era o filho de Dédalo e é comumente conhecido pela sua tentativa de deixar Creta voando – tentativa frustrada em uma queda que culminou na sua morte.


Ícaro era filho de Dédalo e de uma escrava de Perséfone, Náucrete, por parte de seu pai Dédalo descende do próprio Zeus, uma vez que Dédalo era filho de Atena.



 Dédalo, exilado por ter matado seu sobrinho Talo, refugiou-se em Tebas, junto ao rei Minos. Após o nascimento do Minotauro, fruto dos amores entre Pasífae (mulher de Minos) e um touro divino, ele e seu filho Ícaro construíram o labirinto do Minotauro, no qual aprisionou o monstro. Tempos depois, o Minotauro foi morto por Teseu.


 Após a morte do Minotauro, Dédalo ficou preso, juntamente com seu filho, no labirinto. Então construiu asas artificiais a partir da cera do mel de abelhas e penas de gaivota. Dessa forma conseguiu fugir. Antes, porém, alertou ao filho que não voasse muito perto do Sol, para que esse não pudesse derreter a cera das asas, e nem muito perto do mar, pois esse poderia deixar as asas mais pesadas. 
 No entanto Ícaro não ouviu os conselhos do pai e tomado pelo desejo de voar próximo ao Sol, acabou despencando e caindo no mar Egeu, enquanto seu pai, aos prantos, voava para a costa. Ao chegar à Sicília, foi acolhido na casa do Rei Cócalo.