Polifemo



Polifemo                                                             

 


Todos vocês que já leram o livro O Mar de Monstros, ou já assistiram o filme (que é uma merda), conhecem Polifemo, mas poucos conhecem sua história.
Polifemo era um ciclope, filho de Poseidon e da ninfa Teosa, vivia uma existência solitária em uma caverna próxima à Sicília, cuidando de ovelhas.
Sua vida é interrompida quando Odisseu e seus homens desembarcam na terra do ciclope procurando comida durante a viagem de Troia de volta para casa. Odisseu e os seus companheiros entraram na casa de Polifemo procurando comida e bebidas, não sabendo que se tratava do local onde o ciclope dormia e guardava as suas ovelhas.
Quando Polifemo fecha a caverna com uma rocha enorme, aprisionando os marinheiros. Ofegantes, frente a figura do gigante de um olho só no meio da testa, eles revelam sua presença. O ciclope agarra dois homens e os devora. Depois de bloquear a entrada da caverna com uma pedra enorme, Polifemo continua devorando dois homens de cada vez.
Odisseu então arranja um plano para todos escaparem e oferece vinho a Polifemo, que pergunta quem lhe oferece a bebida, ao que Odisseu responde: "foi Ninguém".
Quando Polifemo adormece devido à bebida, Odisseu e seus homens afiam uma vara e a espetam no olho do ciclope, cegando-o.
No dia seguinte, Polifemo abre a caverna para deixar sair as ovelhas, verificando com o tacto se são realmente ovelhas ou os prisioneiros. Porém estes escondem-se, segurando-se por baixo das ovelhas, conseguindo escapar. Polifemo, ao aperceber-se da fuga, grita que "Ninguém tinha-o cegado" aos seus companheiros ciclopes, mas estes ignoram-no.
Já em seu navio Odisseu zomba de Polifemo e revela seu nome (grita que não tinha sido "Ninguém" a feri-lo, mas sim Odisseu). Polifemo, furioso, atira grandes rochas ao acaso para o mar, que quase atingem a embarcação.
O ciclope pede a seu pai Poseidon que se vingue de Odisseu, amaldiçoando os gregos. Poseidon atende, atormentando Odisseu durante o resto da viagem.
Os troianos passaram pela ilha do ciclope aparentemente poucas semanas depois de Odisseu. E lá encontraram Aquemênides, um soldado de Odisseu que foi deixado para trás enquanto os outros fugiam. Ele narra aos troianos o que se passou entre seu rei e Polifemo, mas interrompe a narrativa quando vê que o próprio Polifemo, agora cego, vem caminhando na direção da praia para lavar seu olho ferido.
Em silêncio, os troianos procuram fugir os mais depressa possível dali com seus barcos. Mas Polifemo, embora cego, percebe algo se movendo na água ao lado dele. O monstro tenta agarrar os barcos, mas não consegue e os troianos fogem em segurança. E isso faz o ciclope gritar de ódio o mais alto que pode, atraindo para a praia os demais ciclopes da ilha, que ficam a olhar para os troianos se afastando sem nada poderem fazer.

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